Mensagens

Desconheço a razão para não falar te de amor. Ele que chega a meio do Inverno. Que nos apalpa eminentemente num curioso jogo de toques. É desconhecida, a razão, ela que vem disfarçada de condições sub humanas de como conseguir olhar te e indestrutívelmente embeber me no teu corpo como se nada em mim jorrasse. Morra eu. Morra quem morrer. Se não continuará desconhecida a razão para falar deste sentimento tão sinuoso, tão puro mas que ao mesmo tempo me esgueira sensivelmente um meio sorriso nos lábios humedecidos de tanto nele colar os teus beijos. Deixa me falar te. De algo que desconheço, mas que tão bem me faz sentir. Que me faz asselvajar quando me deito sob um dócil leito. O leito que em ti me faz residir. Desconheço a razão para não falar te de amor, e ainda que ela exista, sei que não há aparentemente uma única que me faça caminhar na falta de identidade que esta me traz. Que posso eu fazer? Se o amor é algo que toda a gente desconhece e ninguém sabe como definir, o amor é um sent

Eco 👌

Ouvi lá longe o eco. . Corri para ele como pardais ao ninho. Olhei para lá e no pôr do sol estava o eco desenhado. Estou confusa. Que é que o eco faz aqui? O seu barulho inconfundível começa a incomodar me mas eu não sei se é o eco ou se o que nele habita. Ele traz me esperança mas não esta a matar me a sede faminta de perturbadoras vozes. Ele chia. E de longe tornou se perto. Eu ouvi o lá longe mas não sei o que me trazia.. Decisões amanateadas ou sorrisos esquecidos. É o eco. Sim. É o eco que eu ouço tantas vezes pela noite dentro, rondando a minha cabeça. Não sei o que me quer mas ele está cá. Ele soa no infinito, mas que me quer não sei. Chega sempre sorrindo e agasalha se nos meus cabelos. Vem despido, enrolado apenas no seu próprio som. Beija me na face e apodera se do meu eu. Consigo ouvi lo a penetrar se no meu ouvido. Lá longe. Cá perto. O que traz o eco.? Traz me a felicidade!

Não há amor

Não há amores inteiriços nem duradouros. Há cómodos.. Longos cómodos que depressa se fazem moradias abandonadas. Não há tanto tempo ou tantos anos.. O amor já não é isso, amor. Ele já não se faz de carícias, abraços, beijos, partilhas, respeito. Faz se de nadas dissolvidos em copos de grandes mistérios. Já não deixa marcas faz questão de deixar marcado, já não deixa saudade, vive dela própria. Não há já amores como antes ou se os há escondem se nas suas capas negras. Já não há amores inerentes a amar só mesmo fracos amores que nem com um elixir mais banal se conseguem rejuvenescer. No peito moram momentos e infindáveis recreios de lembranças mas amores por inteiro já não há. Não basta já só dizer a palavra que nos acalma o coração pois ela às vezes vem carregada com sentimentos de culpa e de rejeição. Há sim uma vontade por parte de todos de amar, mas amar não chega nem sentir o amor. Há que deixa lo entrar em nós e se enraizar. Mas se nem com a água se fizer, o melhor mesmo é replanta

O meu colo ❤️

Imagem
Meu amor este colo será sempre teu e estará sempre disponível. Mesmo que os meus braços fiquem demasiado pequenos para ti nunca deixarão de te acarinhar. Mesmo que eles fiquem sem força tu serás definitivamente o motivo para que eles se ergam novamente. Meu amor este abraço não vai deixar de existir, mesmo que os tropeços da vida te levem para longe de mim, ou que nos teus sonhos as asas te libertem para lá do horizonte, estes serão os braços que te acompanharão e te farão de abrigo quando ficares ao relento da vida. Meu amor, vou estar sempre com este sorriso quando te olhar pois sem dúvida és o motivo dele e mesmo que a tristeza me queira invadir tu nunca deixarás. Será sempre a maneira querida de te confortar quando precisares e quando eu precisar. Um amor assim não tem palavras e muito menos fim. Não sei o destino, e quem me dera sabê lo mas espero que o meu seja sempre a teu lado, ainda que a idade vá avançando, que este seja sempre o colo que procuras quando os teus dias tivere

Mudar

Nada parece mudado. O relógio está parado com falta de pilha. O bacento do céu parece movimentar se com um dégrade de cores neutras. Eu estou aqui desamparada como estive sempre. Não há uma qualquer ponte que nos una ou que nos deixe emparelhados sob a realidade mundana. Talvez não haja uma palavra sequer que deixe em aberto as respostas às dúvidas com que deitados, beijamos os corpos nus caídos nos ladrilhos pretos, tal como as nossa almas. E nada parece mudado ou prestes a mudar. A vida corre desapegada e os passos vão se ocultando na sombra submissa da nossa imagem, e nós ficamos parados à espera que tudo mude.. Mas nada o fará mudar. Nós ficamos intactos à espera que se selem beijos, se saciem sedes, se desdobrem ruas. Mas nada se muda. O relógio continua sem marcar horas e eu nada mais faço do que esperar que os nossos corações se cruzem.. Não. Eles não estão a cruzar se, talvez porque já não se completam ou porque não se elevam na chama mais forte de si. Um dia amámos mas só isso

Avô 😍🌻

Não temos noção de como passa, mas as horas, os minutos e os segundos vão passando. Levam consigo bocados nossos, como que se fosse para juntar num puzzle enorme até o mundo deixar de o ser. Olhamos em redor de nós e só vemos os outros, só achamos que acontece aos outros, quando na realidade o mal também nos está a espreitar. Reerguemos muralhas em auto protecção, e fazemos da nossa nudez um escudo para combater na guerra dos nossos dia a dias. Não adianta sermos frios, desnutrirmos o amor, alimentarmos as quedas dos outros com a nossa malícia purificada ou rirmos do que um dia poderá estar a gozar de nós mesmos. As coisas acontecem, sim, e às vezes quando se apercebemos já está mesmo ao nosso lado. A vida, essa "coisa" complicada, que se resume a uma passagem, tem me feito aprender da pior maneira o que é sentir o mundo desabar num curto espaço de tempo. O que é sentir os olhos encharcados de lágrimas, que em nada aliviam a sensação de desequilíbrio a que nos vemos sujeitos.

Para ti, filho 😍😍

Imagem
Remexo na minha velha gaveta e tenho o vislumbre ideal.. Papeis soltos entre papeis e mais papeis. Ela range de tão velha que está, e os papeis cheiram a guardado de longa data. E agora? Que faço eu no meio de rascunhos enchovalhados com letras já apagadiças de tanto ser o tempo em que vivem neles? Pouso a minha chávena de chá de tília e afagada e desprovida de mim, recebo a noite de braços abertos. O vento parece soprar cansado, gasto e enfadonho. Os pássaros parecem correr agitados na pressa da sua longa viagem. Algo não bate certo. Estou inequivocamente aqui sentada a olhar para a dita gaveta sem reacção alguma,e,a minha chávena de chá bem quentinha outrora está agora que nem pedra de gelo. Desvio os papéis e eis que por lá ainda mora um velho bloco de notas, aqueles que em outros tempos traziam cheiro a rosas, só que neste o cheiro que sobressaía era o de guardado com âmbar de madeira velha. Vou buscar a caneta e começo a debruçar nas linhas, letras sob letras deixando entrar pelo